sábado, 3 de janeiro de 2009



ALERTA!

HOJE ELES PEDEM TEU VOTO, AMANHÃ DERRUBAM TUA CASA !!!

Vizinhos, amigos, moradores!

Todo mundo já deve ter ouvido falar que políticos e empresários querem destruir TODOS os bairros populares da nossa região. É um ataque planejado há muito tempo contra a população trabalhadora e empobrecida da região. E não são somente os prefeitos, os governadores e o presidente apóiam este ataque. Também tem empresários nacionais e estrangeiros. Eles querem transformar tudo em porto, em indústria, em pátio de cargas,em aeroporto, em estrada, em edifício e casa de luxo pra gente rica. A televisão e os jornais, que eles pagam pra dizer o que eles querem, falam que vai ser tudo para o "bem do povo" ou do “meio ambiente”. Na verdade, o que querem é lucrar com a nossa desgraça, mandar os pobres sabe-se lá pra onde, destruir o meio ambiente (o que já estão fazendo em diversos locais da baixada, com muita mala preta para o IBAMA) e gerar "empregos" que a população daqui não vai ter.

E agora, até os nossos humildes lares estão ameaçados. Em Cubatão as “bolas da vez” são as Cotas 400, 200, 100 e 95; a Água Fria; Vila Esperança, Vila Natal e Vila dos Pescadores. Em Guarujá, são Jardim Cunhambebe, Prainha, Aldeia, Sítio Conceiçãozinha, Cachoeirinha, Acaraú, Morro do Engenho, Vila Baiana, Vila rã, Sossego, Areião, Barreira do João Guarda/Cantagalo, Caranguejo, Morro do Biu e Santo Antônio. Em Santos, todos os cortiços e também o Dique da Vila Gilda, Caminho da União e Alemoa. Em São Vicente, quase toda a Vila Margarida, México 70 e Dique de Sambaiatuba. Humaitá e Samaritá vem depois. Na Praia Grande, áreas de periferia vão virar aeroporto de carga. Em Bertioga, o Saóca e Vicente de Carvalho II.A Ilha Diana inteira pode ser transformada em porto. Em Peruíbe, ameaçam as populações indígenas e o meio ambiente com a construção de mais um porto.

Ninguém mora em favelas, barracos e cortiços porque "gosta". A maioria de nós, desempregados, sem emprego fixo, com salários de fome, não tem como pagar aluguel ou comprar casa. Quem vive nas ruas é atacado por guardas, empregados de prefeituras, jogado em hospícios ou no meio da estrada, como fazem em São Vicente e Guarujá.Logo, somos jogados para bem longe, para bairros afastados dos centros, que ficam para os ricos. Ocupamos terrenos abandonados, sem água, luz, condução, e ali fizemos nossas casas. Construímos comunidades onde todos se conhecem e dividem os sofrimentos. Com todos os problemas (são muitos!), são nossos lares, nossos bairros e vizinhanças. Não são melhores porque nos faltam condições para fazer mais. E os políticos e patrões só aparecem pra pedir voto. Pro resto, mandam a polícia! E nas mansões e prédios chiques deles, entramos a trabalho, isso quando deixam. As melhorias que pedimos pra nossas comunidades nunca chegam.

Com essa situação, a saída é defender nossas comunidades, nosso teto, se não quisermos ser jogados na rua. Não está nos planos de quem ameaça nos expulsar transferir o bairro inteiro para um lugar melhor ou melhorar nossas condições de vida. Os “conjuntos habitacionais” que prometem são verdadeiros caixotes, muito precários, onde será obrigatório o pagamento de uma taxa para poder morar. A maioria vai vender e voltar para as favelas. O número de despejados e de vagas nos conjuntos que os políticos prometem também não fecha.

Sugestões de resistência para as comunidades ameaçadas:

1) Dormir, só com um olho aberto. Nós não temos para onde ir e este é o único lugar que temos, então o jeito é vigiar a comunidade 24 horas por dia. Vão tentar cortar luz, água e tudo para forçar a saída. Gente estranha tirando foto, contando,pintando e pondo adesivo nas casas tem que ser posta pra correr. São eles que entregam para as autoridades, para os policiais, como e quando as casas devem ser derrubadas. Em São Paulo passaam o relho neles, e o governo não se atreveu a entrar na favela..

2) A comunidade tem que ficar unida. Nada de dividir, isso enfraquece e ajuda o inimigo, que depois tenta pegar um por um. Quem negociar separado é traíra e merece ser expulso. Uma coisa que tentarão fazer é expulsar 3 hoje, 4 amanhã, 10 depois de amanhã, para separar a comunidade. Se encostarem na casa de um, a comunidade inteira tem que ir pra cima.

3) Não devermos permitir que nossas casas sejam marcadas, cadastradas e registradas. E onde isso já rolou, podemos apagar ou trocar as marcações pra confundir o governo na hora do despejo. Não terão como saber quem fez.

4) Uma comunidade sozinha é fácil de despejar. Temos que procurar nos juntar com o pessoal das outras comunidades ameaçadas pra resistir juntos. Podemos usar o poder da comunicação (e-mail, Orkut, MSN, mensagem de texto de celular) para facilitar o trabalho.

6) Mesmo quem não mora em lugar já ameaçado hoje pode e deve ajudar. Amanhã eles vão atacar outros lugares, e vai ser a sua vez de precisar de ajuda.

5) Se as autoridades quiserem conversar, tem que ser na frente de todo mundo. E a gente tem que estar sempre reunido, senão eles compram ou botam medo em quem tiver na frente.

6) Temos o direito de defender nossas famílias e as nossas casas. Bandidos são eles, que fazem da nossa vida um inferno, roubam a gente todo dia, acham pouco e agora querem nos tomar as casas. Eles vão vir com violência pra nos tirar, mas nós podemos nos armar com o que tivermos e reagir.

7) Políticos, sindicalistas, partidos, chefes de associações, padres, pastores, vereadores, imprensa, juízes e promotores estão juntos contra nós. Manipulam, difamam, mentem, perseguem. Confiar neles é suicídio. A luta dos moradores quem faz são os próprios moradores.

Somos muitos! Comecemos vigiando, e fazendo barreiras nos acessos pra impedir os mercenários fardados, os espiões do governo e capangas dos políticos de entrar em nossas comunidades. Grandes fogueiras atrapalham a visão dos helicópteros.

Amigos, vizinhos, trabalhadores! O despejo está próximo! A hora de lutar é agora! Depois será tarde demais! Vamos nos juntar e reagir! Não somos baratas para sermos pisados e enxotados para onde os canalhas quiserem! Resistência já!

COMITÊ DE DEFESA DOS MORADORES

E- mail: cdmcbs@gmail.com

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